segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

RECESSÃO?

No infortúnio da vida
Fatalidade faz apronto
Perco o chão, a guarida
A desventura deixa tonto
O alucinado faz base a vida
No ofício já não marco ponto

O agravo se instalou
As dívidas evoluíram
O mundo desmoronou
Os vizinhos sumiram
A conta bancária zerou
Os amigos partiram

Tendo já o mundo ruído..
Evidencio algo valioso
Não ficarei desenxabido
Devo até ficar orgulhoso
Nem tudo está perdido
Eis que sou ainda vitorioso

Detenho, todavia, um espaço
Dono sou, de um quinhão..,
O fôlego a tirar cansaço
Ainda tenho a razão
Faço alavanca do braço
E no peito, forte bate um coração

Tudo perdido? Ledo engano!
Agora vem recomeço
Como vês, sou humano
Dádiva Divina, qual mereço
Discernimento, disso, me ufano
Afinal, um cérebro não tem preço

domingo, 9 de novembro de 2008

ELO DA CORRENTE

Dei um alô ao elo
Quero saber do teu laço
Sei, és generoso e belo
E como é forte o teu abraço
Ademais no mundo não há martelo
Capaz de trincar teu aço

Dei um alô ao elo
Quero saber do teu elã
Sendo seguro o teu castelo
Por que constróis barbacã ?
Se poderás fecundar anelo
Assim, talvez, fuja-nos o amanhã

Dei um alô ao elo
Num convite a jantar
Quem sabe arreda-se o paralelo
Que vá para sempre a soçobrar
Esse infausto clima austero
Da incerteza a nos fustigar

Viva! O elo ouviu meu alô
Veja só..., o elo me deu ouvidos
Tá bom.., tá bom.., eu vou..,
Dizia.. , -- elo é pra viver unido
Pois o que seria do amor
Se os elos fossem partidos?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

LIBERDADE

Ser livre é absoluto
Se tenho um alvo
Mas estarei a salvo
Do que pode ser dissoluto?

Tenho de ficar atento
Prá evitar o embuste
Para que não fruste
O próprio pensamento

Malambas do entremeio
Vem tungar amor próprio
Com denodo afasto esse ópio
A escampar malsinado anseio

Um selenita posso ser
Ou o que ditar o juízo
Faço da enxovia esconderijo
Só, não, de mim posso esconder

domingo, 14 de setembro de 2008

AO VINHO

A vitivinicultura é um dos seguimentos da economia que não sofre solução de continuidade quanto ao avanço no ganho em tecnologia e qualidade em toda sua cadeia produtiva até o produto final, o vinho, além do que, um mercado de contexto fomentador de trabalho remunerado e expressivo gerador de divisas.
Como admirador do bom vinho, em rimas, manifesto meu apreço por essa bebida tão apreciada por muitos, desde os mais remotos tempos da civilização humana, até os atuais tempos, vem, literalmente, fermentando influências quanto ao aspecto social aglutinador no despertar agregador das afinidades interpessoais, haja vista que vem sendo nosso companheiro tanto nos sublimes momentos como encorajador em circunstâncias outras de nossas vidas.



AO VINHO



Miolo de pote, quiçá , mais adorado
Do incauto ao mais arguto
Teu efeito sempre acatado
Por peculiar estilo de ser astuto


Sobretudo, se ao tempo adequado
Dar-se o acolhimento do teu fruto

A natureza em que fermentarás
Seja em qual tempo repousado


No metal ou madeira descansarás
Quinta qual, fores idealizado
Singela ou nobre safra resultarás?
Vale! que sempre serás venerado



No âmago de solo fértil
Na força das raízes
Em estado inda pueril
Vais aflorar as matizes


Glorificarás sabor em barril
Para ao amor brindarmos felizes

Branco, rose ou tinto
Seja especial ou fino


No ar o perfume sinto
Parece escuto um hino
Imáculo, à cristal fazer vinco
Aos acordes d’um violino



Na tua ingestão disciplinada
Nenhum preceito feres
Por singular ou estilizada
No tempo, confrades aderes
Com tua performance requintada
A boa descontração conferes

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

HINO

HINO


Augusta! Beneficente!
Tua história é secular
Com harmonia consciente
Soube sempre avançar



De pé! e a ordem!
Caríssimos irmãos
Com união incondicional
Obreiros da reconstrução
Perseverança fraternal
No templo de salomão
Ostenta teu avental



Fez! boa fé no ilustrado
Combatendo a opressão
Sem reivindicar louvado
Ao que é da obrigação



De pé e a ordem ..........



Se! liberdade vais pensar
Pelotas é nossa cidade
Se! igualdade vais trilhar
Chega na fraternidade!



De pé e a ordem.....




Hino à Fraternidade

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

MEU CAVALO

Ao ensejo da proximidade dos festejos e comemorações do movimento farroupilha quando culminará na semana farroupilha tendo seu ponto alto junto a data magna dia vinte de setembro, ao escrever modestos versos, de minha lavra, faço menção ao cavalo, ao galpão e ao fogo de chão , símbolos, aliás, por oportuno, neste momento, reverencio, embora, destes, algum não tido como oficial, porquanto, meu intento único é de render justa homenagem ao culto às tradições gauchas, aos idealizadores, bem como às pessoas engajadas na organização e envolvidas na participação desse tão importante evento de grande expressão e que tanto orgulha a todos nós gaúchos.



MEU CAVALO


Vejam só, eu falo aos amigos
Meu cavalo foi fenomenal
Difícil será nascer outro igual
Sei que pouca gente acredita
Mas falar inverdade quem necessita?
Não era só um cavalo, até me intrigo
Acima de tudo um bom amigo
Nem parecia do reino de animais
Este cavalo compreendia demais
Nem mesmo eu, acreditar consigo

Mas assim era esse cavalo
Foi bom de carroça
Puxava arado na roça
Era um perfeito atleta
Nunca perdeu em cancha reta
Certos momentos até assustava
Às vezes parece que falava
Quase me derrubava de susto
De prova, só meu cusco
Confesso que me assombrava

Este relato é verdadeiro
Quando à beira do fogo de chão
Nos acordes do meu violão
Cantarolava uma canção
Meu cavalo vinha à porta do galpão
Parecia ter compreensão
Cabeça erguida prestava atenção
Cantava pra ele dois versos na hora
Senão..., não se ia embora
Isso seria coisa prá investigação

Certa feita, saímos prá estrada
Numa fazenda a dar uma demão
Em grande lida de castração
Saímos nos caminhos do atalho
Nem sonhava este atrapalho
Que íamos ter pela frente
Chuva insistente virou enchente
Mudando, assim, nossos planos
Mas como bons vaqueanos
Nem rangemos os dentes

De repente chuva, e das grandes
O lajeado já não mais deu vau
Ficamos na fazenda do Nicolau
Mais ou menos três semanas
Ir adiante só se fosse na chalana
Ficamos que nem bicho na toca
Lá na fazenda atirados à matroca
Ajudando na lida caseira
Prá não botar na cabeça besteira
Que o pensamento provoca

No lajeado..., correnteza forte
Meu cavalo nem reclamava
Pois todo o dia passeava
Com Maria, a filha do patrão
Tinha milho, alfafa no galpão
Ideava com meus botões, e agora?
Será vai ele querer ir embora?
O fato, que nem ligava pra mim
Meus pelegos não queria, só o selim
Seria pelo perfume ou alivio da espora?

Baldoso e mal acostumado
Ficando apoderado no trato
Também com todo esse aparato
Agora já nem tinha escuta
Acostumado que era a lida bruta
Mas depois dessa mordomia..
Nunca teve tanta regalia
Vejam só mas que destino
Nem sabia do trejeito feminino
E agora cheio de galhardia

Tudo um dia muda, diz o ditado
A chuvarada passou..
A água do lajeado baixou
Vamos pegar a estrada de volta
Vejam só, mas que revolta!
Meu cavalo empacou, parece dizia
Não retorno sem a Maria
Senti que não teria arrego
Vai ficar curto o meu pelego
Mas era o que eu mais queria

Claro fiquei apreensivo
Agente também não se ilude
Mas a prenda tinha atitude
Disse ela, cansei da solidão
Gostei muito do alazão
Estou amando este peão
É de vocês meu coração.
Meu cavalo tomou a estrada
Com a prenda engarupada
Que veio morar no meu rincão







sexta-feira, 1 de agosto de 2008

LAGOA

LAGOA

Às vezes venho mariscar
Lustral águas tuas à meus pés
Quantos já fez saciar
No vai e vem de tua maré
O peixe mandas buscar
Nas tuas águas de axé

Fico à tua margem
Lendo teu pensamento
Escutando tua mensagem
Que só contas ao firmamento
Mas na tua homenagem
Guardarei conhecimento

Olhos rasos de ti mesmo
Salva-te em tuas tábuas
Nas seivas que correm a esmo
Para que faças a enxágua
Por si só, d’algumas mágoas
Que queiram tisnar tuas águas

Tuas águas continentais
Transportando muitas riquezas
Em teus seios naturais
Para com todos tem leveza
Pois os trata como iguais
No âmago de tua grandeza

Tamanha a contemplação
De tuas águas tão prodigiosas
É um “botar água na mão”
Nas curvas tão virtuosas
Quando é chegado o verão
Fazendo-te águas de rosas

LAREIRA



LAREIRA

Fogo de chama ardente
É o fogo d’uma lareira
É algo tão surpreendente
Aos que ficam a sua beira
Pode unir fraternalmente
Em sua volta a família inteira

Mas, contudo, até que enfim
A sós..., a amada ao lado
Quando, então, reina o sim
Afinal, instante tão esperado
Tomara isso não tivesse fim
Momentos, aliás, de significado

Nessa hora, em cena o original
Para o cumprimento à risca
Famosa praxe convencional
A gente até se belisca
Acionando som ambiental
Ao candente rubro da faísca

Um pra ti outro pra mim
Junto a lareira quente
Já recostados ao coxim
À luz do fogo tremente
Cálices tocam-se num tim-tim
Os ânimos estão salientes

Imagine quem quiser
A extensão desse arrogo
No imo aconchego do estaminé
As clássicas regras desse jogo
Só a fumaça da chaminé
A desnudar segredos desse fogo

quinta-feira, 24 de julho de 2008

MULHER

Amaviosa órbita sensual
É o mundo de "Marias"
Gravitam soltas as empatias
Em aguçado plano sensorial

Inteligência, desembaraços
Se na cabeça um escopo
Limites? Só se for o topo
Quando ao encontro de espaços

Com talento e maestria
Seja a clara, parda ou a morena
Todas roubam a cena
Em assuntos de simpatia

Agregam sem relegar descartes
Realistas nas expectativas
Precautas manifestas divas
Brilhantes de todas as artes

Altezas majestosas do alto
Senhoras de todos os shows
Todo o seguimento consagrou
Do altivo glamour de cada salto

Na busca do meu caminho
Para ganhar meu rumo
Quero alinhar meu prumo
Nessas curvas de carinho

quarta-feira, 16 de julho de 2008

EXCELSA OBRA

EXCELSA OBRA


Real é a arte que faz
Da vida o bem fazer
Fazendo o benfeitor viver
Num eterno renascer
No ventre sublime da paz



Fuja da escuridade
No rumo ao terceiro passo
Ouça a pancada no aço
Receba o fraterno abraço
Na conhecença à verdade



À ordem, mistér seja ao pé
Donde se lança o gladiador
No acirrado ânimo vencedor
Sejas teu próprio condutor
Na direção da tua fé



Reconstruir é vida ao construtor
Tua veste é mais que resguardo
E sem resquício adonisado
Com destemor fica avençado
Por excelência, avocar-se obrador



Vai!, constrói boa construção
Pois construir é teu lema
Edificar é teu emblema
E na ribalta da tua cena
Impregna justa perfeição

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ANDEJO

Em tiras já anda meu pala
Pois sempre me acompanhou
Andante, caminheiro que sou
Por muitos lugares andou
Com este que , ora, vos fala



Andante tem mandamentos:
Que tal anda a meteorologia?
Como decorrerá o dia?
A noite será quente ou fria?
É preciso adequar paramentos



Temos de estar preparado e matreiro
Pois estrada tem segredo
Para evitar algum enredo
Temos de conversar com o medo
E tirá-lo prá aliado e parceiro



O andejo, a aventura ama
Já enfrentamos muito temporal
Bah! Granizo, chuva torrencial
Relâmpagos, trovões, um arsenal!
Até aprendemos dançar na lama



Felizmente nem tudo é aspereza
Tem o ambiental, a ecologia
Se possível a gente vai, prestigia
Assimila as benfeitorias
Para o bem estar da natureza



Assim vivemos grandes momentos
Estando em qualquer local
Interagimos à realidade social
Mesmo que ainda superficial
Agregamos sempre conhecimentos



Admiramos belas arquiteturas
Conhecemos a história d’um povo
Aprendendo a apreciar sem retovo
O acervo, o antigo e o novo
Num somatório de culturas



Seja na vinda ou na ida
Ser andejo é condição
Também pode ser opção
Há quem diga é vocação
Vai ver.., é estilo de vida

terça-feira, 1 de julho de 2008

MINHA TERRA

MINHA TERRA



O dia virou um breu
Traços de lampejo forte
No horizonte dos céus correu
Um clarão de sul a norte
No lusco-fusco silhueta apareceu
Em esplendor de grande porte



Não era pouco o espanto
"Credo cruz" barbaridade!
Seria um vulto santo?
Em meio a tempestade?
Autóctone cheio de encanto
Sentiu ver a divindade



Não se fazendo assustado
Pois o medo sempre venceu
Julgando-se um predestinado
Para a coxilha já correu
Ecoou o grito num brado

Cidade! Teu nome nasceu!



Dentre outras, a valorosa mão
Do criador de gado
Na justa reivindicação
Ao nosso glorioso estado
A efetiva emancipação
Este bom pago foi guindado



Alavancando a economia
Matadouro estruturado
Nunca vi mais sadia
Flor de tropa de gado
Tangidos à picana guia

A chegar por todo lado



Se ainda não conhece,
Esta terra, vale a pena
Vê se não te esquece
Não é grande nem pequena
Mas aqui a tua prece
Equivale a uma novena



Minha terra, centro ocidental
Este chão, tem legenda
Na lavoura, o cereal
O gado lá na fazenda
Teu povo, teu cabedal
Tua história, tua lenda!

domingo, 1 de junho de 2008

AMIGA

Na arte, a vida repete; Vislumbro o tête-à-tête; Experimento o tilintar; Perfazendo suave palavrear; Ao desígnio da conhecença; Enquanto o parolar; Celeremente a instigar; No empenho de configurar; Impetuoso desejar; Do longe aproximar; Donde minha folgança qual!; De vis-a-vis talhe sem igual; De augusto visório amorável; Pompeando teu surgir; Comigo posso convir; Tal jamais irá perimir; Do meu senso pensável.



AMIGA

És forte e solidária
Na força de tuas mãos
Como poder da predicação
Coisa ímpia é relicária



Gene de magno luminar
Papalvo não vejo prisma
Magnitude do teu carisma
Flagra o meu atoleimar



És como um girassol...
Que altivo, instigante conduz
Na convergência da tua luz
Olhares que fitam teu sol



O pensamento será contigo
No coração perene irrigado
Como o jardim em cor florejado
Que na guarida do tempo farás abrigo



Quiçá!, o amor só quis...
Relembrar , o quão é importante
E apenas por um instante
Contigo me fez feliz

Amiga

terça-feira, 20 de maio de 2008

INEBRIADO

INEBRIADO


Já afligia a fonte
Perdia o viço a flor
Mas rutila ao longe o amor
Num átimo a luz horizonte
 
Donaireado o plugar
De garbo e pompa na tela
Lírica e de forma bela
Amorável visório a afiguar
 
Como núvem quer impávida
A esperança no alto subir
No contíguo dos céus pedir
Louvores de tanta dádiva
 
Inebriado a extremo apelo
Que dos olhos a alma vê
Amorenada a tua tez
Na noite do teu cabelo
 
Ideou o florejar
Engendrado interlocutor
Num vergel em flor
Com insígne esplendor
Auscultar pássaros gorgear

O QUE SE PODE OU NÃO DIZER ...

Sob a ótica de uma nova roupagem quem sabe um dia, no enlevo do espectro da essência política como administração, possa vir ser objeto nominativo de um partido político --o partido da política adminstrativa-. Por certo, se engajariam nesse partido aqueles cidadãos que reunindo atinentes condições , não militam através de partidos,pois não comungam dessa proposta de militância, porquanto, não cogitam concorrer ou disputar um cargo eletivo por não interagirem muito bem com a idéia de serem focados com outros olhos perante a opinião pública, dado o fato de já beirar quase cultura pupular --se uma vez empossado em cargo político eletivo, aqueles antes detentores de ideais voltados para causas nobres teriam seus pensamentos, depois, desvirtuados, salve! os de boa fé!-. Realmente se faz voltar a atenção, haja vista, com que abundância a mídia ( nada contra a mídia, p/contrário...) veicula fartas manchetes com ênfase d'alguns desencontros na versação inadequada de ideais administrativos, protagonizados por alguns, revestidos de certas posições de mando. E na esteira destas conotações a frustação às expectativas desses cidadãos emprenderem uma eventual candidatura a um determinado cargo eletivo se faz cada vez mais remota.
No entretanto, se a propositura fosse com outro enfoque, o de candidatar-se para em nome do poder, este, por força de dispositivo inerente ao cargo eletivo, que ora seriam investidos, fosse explicitado como vislumbre preponderante e abalizado de se estar sendo coadjuvante da administração pública, embora ainda que uma uma pequena parte , mas para qualquer circunstância , uma parcela de atos e atitudes políticos repletos de boas técnicas voltadas para o interesse da adminstração daquilo que refletiria na composição do patrimônio público, por extensão, patrimônio brasileiro, aliás, por direito, diga-se de passagem, patrimônio dos brasileiros todos. Talvez, quem sabe, muitas cabeças pensantes, o pensamento nesse patamar de vibração, contribuiria para que o Brasil seja cada vez mais nosso e não houvesse espaço à cobiça e ingerência, pelo menos, por meios não lícitos e não pacíficos, de outros povos em nossas riquezas.
Pois se aqui nascemos e aqui estamos, talvez não seja por acaso, todos somos legítimos responsáveis e devemos ser zelosos do bom senso em nome de todos nós e em nome sobretudo das futuras gerações que serão os legítimos herdeiros de todos os legados, com certeza não gostariam de encontrar aqui os seus direitos, o seu patrimônio, por negligência nossa, dilapidado ou em mãos inescrupulosas. Desde que se admita, ao nascermos aqui nesta terra também temos deveres para com o Brasil e como brasileiros, ao exercermos um cargo público eletivo estaríamos, nada mais nada menos, entre outras nobrezas, ajudando a administrar parcelas do todo, por menor ou maior significado, em proporções, evidentetemente fatia do patrimônio todo do nosso país.
Dito isso, o que não se pode dizer é: --se é bem de ente comum, abstrato, não é meu, por isso não tenho comprometimentos. Por conseguinte, abriria precedente para alguém dizer: --se hesito em pagar ou recolher ao fisco, o devido, dos impostos ou tributos é porque sou esperto.

domingo, 18 de maio de 2008

AMIGO

À época, a simplicidade da vida interiorana, a inocência desinteressada, por peculiar da idade menor, não tínhamos, ainda, o discernimento, por lógico, compreensível a indiferença na velocidade com que emergia o mundo na carreira às novidades da ciência tecnológica dos modernos dias futuros, de alguma forma na singeleza do bom viver, todavia, transparecia a alegria plena ao mesmo tempo em que inadvertidamente era fortalecida a amizade mútua que o tempo só se encarregaria de solidificar, inobstante, as ausências e as distâncias que adviriam, esses vínculos e laços sobreviveriam, com louvor, ao passar dos tempos. Rememorando estas coisas, escrevo rimas em saudação ao amigo de sempre.
AMIGO

Cria de Vila Florida
Plagas de Santiago
Abeira-se nestes pagos
Ao desabrochar da vida

Briosos os sonhos teus
Na bagagem o teu afã
Conquistar logo Tupã
Terra da Mãe de Deus

Franco não diz fraco
Como a tina diz,.. talha
Pois do comércio da palha
Empreende o ramo cavaco

Sublimes conatos talentos
Ganha novo horizonte
Vai prá Boca do Monte
Na esteira de outros ventos

Noutras lides vai atuar
Nessa sua trajetória
É preciso ter memória
Na ciência do calcular

Com abnegação resoluta
Obstina a causa nobre
Ao interesse do pobre
Engaja-se nessa luta

Teve muito o que queria
Laborando próprio avigorar
Amor, prestígio, um lar
Hoje recolhe alegria

Cândido, alvo ou branco
Qual caulim reveste carisma
Como o afilhado de crisma
Que chamo doutor franco

sábado, 17 de maio de 2008

ALEXANDRE




Estimado neto, com a devida vênia, veja só o que me vem na telha: Distância nosso entrepano Mas sensibilidade de humano Enseja-se do manancial De impetuoso invento virtual Haja ardileza a resistir Vontade de exprimir Na forma de rima Congratulações ao rebento Expressão de alento Manifesta obra prima Do arquiteto do universo Levando-me a dizer que sou Orgulhoso ao ser teu avô Evento prá exarar em verso.



ÉNETO



Chegado com desenleio
E já foi logo crescendo
Como que dizendo
Ao mundo a que veio

Hígido por excelência
Corro olho ao derredor
O mundo parece maior
Vejo a própria inteligência

De pura cepa é castiço
Tem singular procedência
E consigo.., a eloquência
Se a vida é jogo, tem feitiço

É posteiro do afeto
Generoso na feição
Buenacho de coração
Mas báh tche!, é meu neto

Quem viver verá o rastro
Forte de tua pegada
Esse é de marca registrada
Macanudaço o veigacastro.

GRASIELA

Óh, minha filha, no mês do teu níver (agôsto ), certo dia, eu a pensar e quão generoso é nosso vernáculo, permite ajuntemos palavras, então, assim o fiz , ao ensejo de expressar incorrigível cacoete teu progenitor tem de poetificar o verbo, pois veja só, com amor e carinho escrevo prá você...
GRASIELA

É rebento, é feminina
Quiçá uma poetiza
Como tudo contemporiza
Por entrementes, menina

Varoa de leão
Consigo, a pujança
Assinalando liderança
Com inata distinção

De peculiar sabedoria
Portento da natureza
De magnitude beleza
Vem blasonar alegria

É fonte em potencial
De luz em condutância
Renovado na militância
Pelo amor universal

Sem o "A" é gosto
De divina manifestação
Esculpindo a perfeição
Afinal..., é agosto!