terça-feira, 20 de maio de 2008

INEBRIADO

INEBRIADO


Já afligia a fonte
Perdia o viço a flor
Mas rutila ao longe o amor
Num átimo a luz horizonte
 
Donaireado o plugar
De garbo e pompa na tela
Lírica e de forma bela
Amorável visório a afiguar
 
Como núvem quer impávida
A esperança no alto subir
No contíguo dos céus pedir
Louvores de tanta dádiva
 
Inebriado a extremo apelo
Que dos olhos a alma vê
Amorenada a tua tez
Na noite do teu cabelo
 
Ideou o florejar
Engendrado interlocutor
Num vergel em flor
Com insígne esplendor
Auscultar pássaros gorgear

O QUE SE PODE OU NÃO DIZER ...

Sob a ótica de uma nova roupagem quem sabe um dia, no enlevo do espectro da essência política como administração, possa vir ser objeto nominativo de um partido político --o partido da política adminstrativa-. Por certo, se engajariam nesse partido aqueles cidadãos que reunindo atinentes condições , não militam através de partidos,pois não comungam dessa proposta de militância, porquanto, não cogitam concorrer ou disputar um cargo eletivo por não interagirem muito bem com a idéia de serem focados com outros olhos perante a opinião pública, dado o fato de já beirar quase cultura pupular --se uma vez empossado em cargo político eletivo, aqueles antes detentores de ideais voltados para causas nobres teriam seus pensamentos, depois, desvirtuados, salve! os de boa fé!-. Realmente se faz voltar a atenção, haja vista, com que abundância a mídia ( nada contra a mídia, p/contrário...) veicula fartas manchetes com ênfase d'alguns desencontros na versação inadequada de ideais administrativos, protagonizados por alguns, revestidos de certas posições de mando. E na esteira destas conotações a frustação às expectativas desses cidadãos emprenderem uma eventual candidatura a um determinado cargo eletivo se faz cada vez mais remota.
No entretanto, se a propositura fosse com outro enfoque, o de candidatar-se para em nome do poder, este, por força de dispositivo inerente ao cargo eletivo, que ora seriam investidos, fosse explicitado como vislumbre preponderante e abalizado de se estar sendo coadjuvante da administração pública, embora ainda que uma uma pequena parte , mas para qualquer circunstância , uma parcela de atos e atitudes políticos repletos de boas técnicas voltadas para o interesse da adminstração daquilo que refletiria na composição do patrimônio público, por extensão, patrimônio brasileiro, aliás, por direito, diga-se de passagem, patrimônio dos brasileiros todos. Talvez, quem sabe, muitas cabeças pensantes, o pensamento nesse patamar de vibração, contribuiria para que o Brasil seja cada vez mais nosso e não houvesse espaço à cobiça e ingerência, pelo menos, por meios não lícitos e não pacíficos, de outros povos em nossas riquezas.
Pois se aqui nascemos e aqui estamos, talvez não seja por acaso, todos somos legítimos responsáveis e devemos ser zelosos do bom senso em nome de todos nós e em nome sobretudo das futuras gerações que serão os legítimos herdeiros de todos os legados, com certeza não gostariam de encontrar aqui os seus direitos, o seu patrimônio, por negligência nossa, dilapidado ou em mãos inescrupulosas. Desde que se admita, ao nascermos aqui nesta terra também temos deveres para com o Brasil e como brasileiros, ao exercermos um cargo público eletivo estaríamos, nada mais nada menos, entre outras nobrezas, ajudando a administrar parcelas do todo, por menor ou maior significado, em proporções, evidentetemente fatia do patrimônio todo do nosso país.
Dito isso, o que não se pode dizer é: --se é bem de ente comum, abstrato, não é meu, por isso não tenho comprometimentos. Por conseguinte, abriria precedente para alguém dizer: --se hesito em pagar ou recolher ao fisco, o devido, dos impostos ou tributos é porque sou esperto.

domingo, 18 de maio de 2008

AMIGO

À época, a simplicidade da vida interiorana, a inocência desinteressada, por peculiar da idade menor, não tínhamos, ainda, o discernimento, por lógico, compreensível a indiferença na velocidade com que emergia o mundo na carreira às novidades da ciência tecnológica dos modernos dias futuros, de alguma forma na singeleza do bom viver, todavia, transparecia a alegria plena ao mesmo tempo em que inadvertidamente era fortalecida a amizade mútua que o tempo só se encarregaria de solidificar, inobstante, as ausências e as distâncias que adviriam, esses vínculos e laços sobreviveriam, com louvor, ao passar dos tempos. Rememorando estas coisas, escrevo rimas em saudação ao amigo de sempre.
AMIGO

Cria de Vila Florida
Plagas de Santiago
Abeira-se nestes pagos
Ao desabrochar da vida

Briosos os sonhos teus
Na bagagem o teu afã
Conquistar logo Tupã
Terra da Mãe de Deus

Franco não diz fraco
Como a tina diz,.. talha
Pois do comércio da palha
Empreende o ramo cavaco

Sublimes conatos talentos
Ganha novo horizonte
Vai prá Boca do Monte
Na esteira de outros ventos

Noutras lides vai atuar
Nessa sua trajetória
É preciso ter memória
Na ciência do calcular

Com abnegação resoluta
Obstina a causa nobre
Ao interesse do pobre
Engaja-se nessa luta

Teve muito o que queria
Laborando próprio avigorar
Amor, prestígio, um lar
Hoje recolhe alegria

Cândido, alvo ou branco
Qual caulim reveste carisma
Como o afilhado de crisma
Que chamo doutor franco

sábado, 17 de maio de 2008

ALEXANDRE




Estimado neto, com a devida vênia, veja só o que me vem na telha: Distância nosso entrepano Mas sensibilidade de humano Enseja-se do manancial De impetuoso invento virtual Haja ardileza a resistir Vontade de exprimir Na forma de rima Congratulações ao rebento Expressão de alento Manifesta obra prima Do arquiteto do universo Levando-me a dizer que sou Orgulhoso ao ser teu avô Evento prá exarar em verso.



ÉNETO



Chegado com desenleio
E já foi logo crescendo
Como que dizendo
Ao mundo a que veio

Hígido por excelência
Corro olho ao derredor
O mundo parece maior
Vejo a própria inteligência

De pura cepa é castiço
Tem singular procedência
E consigo.., a eloquência
Se a vida é jogo, tem feitiço

É posteiro do afeto
Generoso na feição
Buenacho de coração
Mas báh tche!, é meu neto

Quem viver verá o rastro
Forte de tua pegada
Esse é de marca registrada
Macanudaço o veigacastro.

GRASIELA

Óh, minha filha, no mês do teu níver (agôsto ), certo dia, eu a pensar e quão generoso é nosso vernáculo, permite ajuntemos palavras, então, assim o fiz , ao ensejo de expressar incorrigível cacoete teu progenitor tem de poetificar o verbo, pois veja só, com amor e carinho escrevo prá você...
GRASIELA

É rebento, é feminina
Quiçá uma poetiza
Como tudo contemporiza
Por entrementes, menina

Varoa de leão
Consigo, a pujança
Assinalando liderança
Com inata distinção

De peculiar sabedoria
Portento da natureza
De magnitude beleza
Vem blasonar alegria

É fonte em potencial
De luz em condutância
Renovado na militância
Pelo amor universal

Sem o "A" é gosto
De divina manifestação
Esculpindo a perfeição
Afinal..., é agosto!