segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017


ESPETÁCULO/SPMPM

Olha eu aí, marcando presença nesse grandioso espetáculo musical denominado Gala Lírica. Tive a grata satisfação de participar de tão magnífico espetáculo. Realizou-se no ano de 1996, sob a regência estruturada em Peças de Óperas, pelo maestro Sergio Sisto, exibida no palco do teatro Guarany/Pelotas/RS. Restariam apenas reminiscências ou resquícios de memória, porventura inexistisse o registro pela foto. Lembrança (foto) esta recebida e guardada com carinho, foi-me presenteada, à época, pelo saudoso especial amigo Idelfonso Silva, colega atuante no grupo dos cantores junto ao coro de vozes da SPMPM, qual se vê à minha esquerda na foto.   

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

CONJUNTURA



                                  CONJUNTURA

Aquerenciado aqui pelo glorioso e querido Bairro Laranjal, conhecido também como Praia do Laranjal, margeia a Lagoa dos Patos, Zona Sul. Moradores amigos barbaridade! Hoje, depois de alguns dias, sem ver a cor da água na torneira, resolvi montar ronda à espera do líquido potável, afinal as notícias eram alvissareiras. Desde às duas horas da manhã; torneiras abertas, som baixinho, música para relaxamento, queria ser um dos primeiros a recepcioná-la. O Astro-Rei apontou no horizonte, e nada! 
Sabes, nunca havia passado por uma situação dessas, tão aguda, assim, não! Ao passar das horas, as caixas d’água secando; em contrapartida ao que limpar e lavar acumulando, a caixa d’água reserva rareando e já revelando os resíduos depositados ao fundo, calor forte. Nessa hora, checa-se o estoque de desodorante! Um dilema!. As perspectivas de normalização, todas fazendo boquinha de siri. Vai-se ficando meio atordoado, meio assombrado, pensativo, meio sonolento, quase cataléptico. Portanto, acredito, talvez o episódio não tenha passado de um mero sonho, uma alucinação, ou miragem. Sei que quando dei conta da vida, retornando à lucidez, essa história, que agora relato, apresenta-se confusa entre a realidade e um sonho sonhado, contudo, tudo muito claro na memória, que nem água cristalina, como seja:
A certa hora do dia, passei mãos em um banquinho mocho tipo de campanha, cuia de mate chimarrão, servi o mate, de modo a ter uma conversinha ao pé do ouvido, como dizem lá na campanha. Sentado ao lado de uma torneira que fica na calçada, próximo à rua, mal começou a conversa passou, um veículo passou outro, outro e outros tantos, taparam-nos, literalmente, de poeira, a prosa foi pouca, devido a esse particular. Era tanta poeirada que nem eu mais enxergava a torneira e nem ela mais me via. Lembrei do tempo que fui tropeiro estrada a fora, bebia mate com terra vermelha. Portanto já não sendo marinheiro de primeira viagem, em assunto de poeira de estrada, ou seja: calejado no assunto. Só pude dizer rapidamente - por favor! -veja se dá uma força hoje, libera algumas gotas, preciso passar uma água nas canelas. Levantei rapidamente cuspindo poeira, se ela respondeu, já não mais estava ali para ouvir a resposta. Bueno daí corri para o pátio, instalei o banquinho mocho, estrategicamente bem ao centro, pois dali ficava perto das outras três torneiras externas. Isso pra ganhar tempo e falar com a torneira que serve o pátio, a do tanque e da pia externa auxiliar, todas participariam da mesma conversa. Bom!, bem posicionado – pensava: - daqui já falo com as três numa conversa só. Daí fui firme e determinado! Perguntando! Alguma de vocês pode liberar poucas gotas d’água hoje?  Repeti a mesma ladainha da primeira vez, afinal hoje já vai pra mais de semana, é preciso passar uma água nos pés, pelo menos, nem que seja. Uma caneca cheia já serve. Olha só, conto uma coisa: se eu não estivesse presente juro que não acreditaria no que ouvi. Até acho que pode ter sido uma fala que tenha vindo por cima do muro trazida pelo vento. Mas que escutei, escutei! o que uma delas falou: -  “não depende de boa vontade, isso é problema da conjuntura”!