quinta-feira, 24 de julho de 2008

MULHER

Amaviosa órbita sensual
É o mundo de "Marias"
Gravitam soltas as empatias
Em aguçado plano sensorial

Inteligência, desembaraços
Se na cabeça um escopo
Limites? Só se for o topo
Quando ao encontro de espaços

Com talento e maestria
Seja a clara, parda ou a morena
Todas roubam a cena
Em assuntos de simpatia

Agregam sem relegar descartes
Realistas nas expectativas
Precautas manifestas divas
Brilhantes de todas as artes

Altezas majestosas do alto
Senhoras de todos os shows
Todo o seguimento consagrou
Do altivo glamour de cada salto

Na busca do meu caminho
Para ganhar meu rumo
Quero alinhar meu prumo
Nessas curvas de carinho

quarta-feira, 16 de julho de 2008

EXCELSA OBRA

EXCELSA OBRA


Real é a arte que faz
Da vida o bem fazer
Fazendo o benfeitor viver
Num eterno renascer
No ventre sublime da paz



Fuja da escuridade
No rumo ao terceiro passo
Ouça a pancada no aço
Receba o fraterno abraço
Na conhecença à verdade



À ordem, mistér seja ao pé
Donde se lança o gladiador
No acirrado ânimo vencedor
Sejas teu próprio condutor
Na direção da tua fé



Reconstruir é vida ao construtor
Tua veste é mais que resguardo
E sem resquício adonisado
Com destemor fica avençado
Por excelência, avocar-se obrador



Vai!, constrói boa construção
Pois construir é teu lema
Edificar é teu emblema
E na ribalta da tua cena
Impregna justa perfeição

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ANDEJO

Em tiras já anda meu pala
Pois sempre me acompanhou
Andante, caminheiro que sou
Por muitos lugares andou
Com este que , ora, vos fala



Andante tem mandamentos:
Que tal anda a meteorologia?
Como decorrerá o dia?
A noite será quente ou fria?
É preciso adequar paramentos



Temos de estar preparado e matreiro
Pois estrada tem segredo
Para evitar algum enredo
Temos de conversar com o medo
E tirá-lo prá aliado e parceiro



O andejo, a aventura ama
Já enfrentamos muito temporal
Bah! Granizo, chuva torrencial
Relâmpagos, trovões, um arsenal!
Até aprendemos dançar na lama



Felizmente nem tudo é aspereza
Tem o ambiental, a ecologia
Se possível a gente vai, prestigia
Assimila as benfeitorias
Para o bem estar da natureza



Assim vivemos grandes momentos
Estando em qualquer local
Interagimos à realidade social
Mesmo que ainda superficial
Agregamos sempre conhecimentos



Admiramos belas arquiteturas
Conhecemos a história d’um povo
Aprendendo a apreciar sem retovo
O acervo, o antigo e o novo
Num somatório de culturas



Seja na vinda ou na ida
Ser andejo é condição
Também pode ser opção
Há quem diga é vocação
Vai ver.., é estilo de vida

terça-feira, 1 de julho de 2008

MINHA TERRA

MINHA TERRA



O dia virou um breu
Traços de lampejo forte
No horizonte dos céus correu
Um clarão de sul a norte
No lusco-fusco silhueta apareceu
Em esplendor de grande porte



Não era pouco o espanto
"Credo cruz" barbaridade!
Seria um vulto santo?
Em meio a tempestade?
Autóctone cheio de encanto
Sentiu ver a divindade



Não se fazendo assustado
Pois o medo sempre venceu
Julgando-se um predestinado
Para a coxilha já correu
Ecoou o grito num brado

Cidade! Teu nome nasceu!



Dentre outras, a valorosa mão
Do criador de gado
Na justa reivindicação
Ao nosso glorioso estado
A efetiva emancipação
Este bom pago foi guindado



Alavancando a economia
Matadouro estruturado
Nunca vi mais sadia
Flor de tropa de gado
Tangidos à picana guia

A chegar por todo lado



Se ainda não conhece,
Esta terra, vale a pena
Vê se não te esquece
Não é grande nem pequena
Mas aqui a tua prece
Equivale a uma novena



Minha terra, centro ocidental
Este chão, tem legenda
Na lavoura, o cereal
O gado lá na fazenda
Teu povo, teu cabedal
Tua história, tua lenda!