segunda-feira, 24 de junho de 2013

COM VOCÊ












AO REVER AGENDA

A LEGENDA

COM PREDITA

ESCRITA

NA “MARGEM ALTA:”

HOJE SEM FALTA                             

QUERO VER MINHA BELA,

FALAR COM ELA.

MAS, TANTAS INCUMBÊNCIAS,

TURBULÊNCIAS

O DIA A SE ESVAIR

TAREFAS A CUMPRIR

O GRANDE DIA APEQUENOU

O TEMPO PASSOU

VASCILEI

NÃO FALEI

DO MEU DESEJO

SÓ AGORA VEJO

O QUANTO PERDI

O QUANTO A OUVIR

O QUANTO NÃO DITO

QUASE UM CONFLITO

ALEGRIAS PERDIDAS

ALEGRIAS NÃO VIVIDAS.

PORÉM,NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

COM ESTE RECADO LIDO:

-LIGA, TEU DOCE

QUER FALAR COM VOCÊ

-BOM - DEPOIS DESSA DOSE

HAJA GLICOSE.

PALAVRAS OUVIDAS

PALAVRAS COMPREENDIDAS

PALAVRAS DITAS

PALAVRAS BONITAS

BAH! QUANTO SOMOU

ALEGRIA TRANSBORDOU

O DIA VALEU

A NOITE CRESCEU

NEM QUERO VER

AMANHECER

NEM SABER

SE VAI CHOVER

QUERO COM VOCÊ!          

UM DIA


O DIA NASCEU

O DIA CLAREOU

O DIA BRILHOU

O DIA VALEU!

 

O DIA NUBLOU

TODAVIA, VIVI

PORÉM QUANDO VI

O DIA PASSOU

 

O DIA FOI PRA LÁ..

A NOITE APARECEU

O DIA DESVANECEU

COM CERTEZA

DE IGUAL BELEZA

UM DIA NOVO, VIRÁ!

 

ISSO É VERDADE

APÓS A NOITE, O DIA

QUE EM SABEDORIA

TRARÁ CLARIDADE

 

SE A NOITE SUMIU       

NOVO DIA VAI CHEGAR 

PODERÁ TUDO MUDAR 

QUEM SABE ESSE DIA

MANIFESTAR-SE-Á EM MELODIA  

PORQUE (UMA) NOVA LUZ SURGIU

 

TUDO A SE RECOMPOR

NO INTERSTÍCIO QUE SE DEU

OUTRO PERFUME NASCEU

EM NOVO DIA DE GLAMOUR

QUE NOUTRA ERA SE CONDUZ

A DEDICAR TODA A LUZ

PRÁ ESSA NOVA FLOR!

 

terça-feira, 18 de junho de 2013

FACA


FACA                                  
                                                
Uma alusão em   homenagem                                                            - à faca - pela utilidade desde quando usada como instrumento         de trabalho que o homem no campo às vezes portava pelas necessidades de trabalho. 

                  

VIVIA NA CAMPANHA

LEVAVA A VIDA NA MANHA  

ATÉ UM ACONTECIDO

QUE ME DEIXOU ATURDIDO

POIS, AINDA MUITO MOÇO

APESAR DO ALVOROÇO

PARA UMA PESCARIA

NÃO TINHA DIA

NEM ANGU DE CAROÇO


UM DIA A LINHA PESOU

ALGUÉM GRITOU

É DE AÇO TEMPERADO

DE FATO, EM BOM ESTADO

BAH! MAS QUE LOUCURA

VER NA ALTURA

NO SUBIR DO ANZOL

REFLETINDO AO SOL

FACA QUE FOI PRA CINTURA

 

PARCEIRA DE TODA LIDA

FACA DESTEMIDA

NÃO PERDIA O FIO

NEM FAZIA FASTIO

CORTAVA PELO IMPULSO

E SEM DISCURSO

EM DIA DE CARNEAÇÃO

DIRIGIA MINHA MÃO

ERA SÓ FIRMAR O PULSO

 

VEJA O QUE DESCOBRI

NAS ÁGUAS DO TOROPI

SE MEMÓRIA NÃO FALHA

FOI PALCO DE BATALHA

BEM NESSA IMEDIAÇÃO

PERÍODO DE REVOLUÇÃO

PELEIA DE FACA E ESPADA

QUANTA ALMA ENCOMENDADA

ESTA FACA TEM TRADIÇÃO

 

NA BARRANCA DO RIO

DE REPENTE A FACA SUMIU

ATÉ DÁ ARREPIO

NUNCA MAIS SE VIU

ALIÁS, HISTÓRIA CONTADA

DIZEM É PATACOADA

TALVEZ LADAINHA

DIZ QUE FORA DA BAINHA

ESSA FACA FOI VISTA

PRA “BANDA” DA BOA VISTA

PELEANDO SOZINHA

 

PRAIA


TINHA A PRAIA, O QUE ADMIRAR

ÁGUAS DE AZUL-ESVERDEADO

QUENTES SEM QUEIMAR

CLARAS DE EXUBERANTE RECADO

SEDUTOR ESPAÇO A DELEITAR

 

AQUELE SOL, QUE! PEDIDA!

AREIAS BRANCAS E ALVAS

DESFILAVAM AS BEM-NASCIDAS

TANTAS BELDADES SALVAS

E BEM PRODUZIDAS

A ILUMINAR NOSSAS ALMAS

 

DELAS, UMA A QUE MAIS BRILHAVA

POR TANTA EMPOLGAÇÃO

REALMENTE IRRADIAVA

FORTE EMOÇÃO

ENCANTO QUE DESPERTAVA

MUITA ATENÇÃO

BAH! NO PEITO SEGURAVA

O BATER DO CORAÇÃO

 

MAS AO PASSAR SILENCIOSA

SEMPRE UM OLHAR MANHOSO

AQUELA FACE FORMOSA

SORRISO DELICIOSO

IMAGINAVA A HORA DA PROSA

OH! ENIGMA TÃO CURIOSO

 

OUTRO DIA, SORRIDENTE

ELA PAROU

BEM ALI NA FRENTE                        

E ASSIM FALOU:

-DE REPENTE

DO BRAÇO SOLTOU 

MINHA CORRENTE

 

FALEI NO SUPETÃO!

- TENHO O ACHADO  

JUNTEI ALI DO CHÃO

VEJO TEM ALGO MARCADO

NÃO SOU CURIOSO NÃO 

MAS ALGO TEM AQUI GRAVADO

 

-SEI, FOI MEU EXCESSO

AO FAZER A GRAVAÇÃO

DIZIA ELA – CONFESSO!

A MAL CRIAÇÃO

MAS DESCULPAS PEÇO

POR ENLOUQUECIDA PAIXÃO

 

FOI TÃO FORTE A ADMIRAÇÃO

E A RECÍPROCA, VERDADEIRA

LEVA MAL NÃO

PERDOE A BRINCADEIRA

EM NOME DA ATRAÇÃO

DEIXEI CAIR A PULSEIRA

 

NA PURA INTENÇAO

POR QUERER-TE A VIDA INTEIRA

ESPERO TAMBÉM QUEIRAS

COMO NO DIZER DA GRAVAÇÃO:

QUEM ACHAR ESTA PULSEIRA

SERÁ DONO DO MEU CORAÇÃO

 

AREIAS


 

                                                     Relato que ensejou inspiração ao poema intitulado PRAIA

                    A certa época, a praia de muitos era ir à praia. Esta em especial, bela e esplêndida, local de exuberante e rara beleza; águas claras de azul-esverdeado, ondas medianas, areias alvas e brancas, estes, alguns entre tantos outros atrativos a obsequiar. Na verdade a natureza por ali privilegiada em muitos e muitos atributos. Talvez pela quantidade do muito qual tinha a oferecer aos freqüentadores, com certeza, por isso alguns tenham feito desse espaço, a praia preferida.
                    Por ali muitas beldades acorriam ao local. Uma delas, devemos reconhecer, exercia uma energia de ar contagiante a ponto de despertar na lembrança de gauchesca memória a instigar melhor compreender as palavras daquele poeta sulino que dizia: “quando o cupido do amor flecha o coração, nessa interativa interface do jogo do amor na relação de um homem e uma mulher; a mulher pretendida/amada pode vir a exercer no homem o poder da influência atrativa representada pela impulsão da força de dez “juntas” ou parelhas de bois”.
                   Contudo, notava-se, ela, beldade, sempre dispersa e solitária parecendo pairar austeridade que ao ver ali instalar-se ao relento; atmosfera como algo que um traço a delimitar, contudo, num estreito descerrar deixando transparecer uma linha de imaginativa fronteira qual inibia a possibilidade de aproximação a desencorajar porventura alguma eventual abordagem de bate-papo. Tantas vezes o vaivém, o caminhar costumeiro, banhos de sol, a certa distância discretamente ao observá-la parecia mostrar-se comprometida tão somente com a curtição daquilo ao que, ora, estava a se propor - curtir o sol e a natureza.
                    Forte era o apelo em investir a desvendar esse ar formal. Quando não mais   tomado dessa decisão ao desconhecido resultado dessa empreitada,aliás, consciente da pouca possibilidade de  alvissareira recepção, quando: Dado momento desse dia, para grata surpresa, inobstante considerável relativa distância; a beldade ao passar esboça  singular gesto de cordial cumprimento. Diante desse estonteante quebra-gelo, respira-se clima de nova alma. De fato, ao ensejo do entusiasmo não se deve deixar para depois o que pode fazer agora; não podia ser diferente diante da oportunidade para casual colóquio. Ao que por surpreendente foi, ela logo comentando, teria deixado cair algo de uso pessoal e que se tratava de alguma coisa de particular e estimativo valor.
Destarte, então sugerido, tal perda, todavia, poderia corresponder a qualquer objeto com tais e tais arroladas características? –Sim! Comentou ela. O perdido deu-se durante uma de minhas habituais matinais caminhadas pelas areias.
Para não pairar dúvidas quanto a identidade de mencionada perda,em confirmação a inevitável pergunta: - alguma particularidade para identificação da aludida perda? –Sim. Falou, novamente: - visível faz-se expressar na parte interna, gravação com o teor qual confidenciou em cochicho ao ouvido. –Realmente, comenta-se, condiz ao da gravação escrita. Na verdade acabas de encontrar o pertence, podes levar, é teu!
De pronto, faz ela breve relato:–Vês a janela de vidros escurecidos naquele prédio em frente? –Sim. Continuou ela. - Por detrás da vidraça tenho te observado nesses dias todos. Depois de tantos dias preciso confessar: - despertou em mim forte paixão verdadeira. Todavia, precisava constatar, estivesses, entretanto, flechado pela mesma vibração. Tão logo ao sentir essa incrível mutualidade, o objeto perdido foi um arranjo, talvez um marco, quem sabe, um pretexto para essa aproximação que, com certeza, penso doravante se perpetuará para toda eternidade.   
Este relato serviu de inspiração para o poema que escrevo a seguir, com título PRAIA.       

DISTÂNCIA










POR VEZES, ARGUIDA

AS FAINAS

AO BOLIR NA ROTINA

DESAVIAM A VIDA

 

POR VEZES, DENOTA AUSÊNCIAS

QUAL SEMPRE INGRATA

POR VEZES, AFASTA

LEGANDO REMINISCÊNCIAS

 

POR VEZES, SEM O LAÇO

A CARÊNCIA

PELA AUSÊNCIA

DO ABRAÇO

 

POR VEZES, FAÇANHA,

NUMA DAS MÃOS, O UNIVERSO

NA OUTRA, O PERTO DISPERSO

NO JUÍZO DO PERDE-GANHA

 

SE PROVAR O DISSABOR

NÃO TEM JEITO..

REVIGORA

AGORA

NO PEITO

A CONSCIÊNCIA DO AMOR!

 

COMO MUDANÇA DE CLIMA

REVESES A VARIAR

OU IDÉIAS PRA COORDENAR

OU INSTIGADO A PENSAR

QUE A DISTÂNCIA APROXIMA

IGUALDADE


NEM MENOS QUE UM FATO

IGUAIS SERES POR SER

NA INERÊNCIA DO INATO

QUE AVIDA GRANDE OS FEZ

 

A MEIA-LUZ UM SÓ SER,   

NO AVAL DO SER, ARROGAÇÃO

INCIPIENTE? - NADA A VER

SE TAL QUAL É CORAÇÃO

 

SE VÊS O QUE NÃO VÊS

NA CERTA É TEU TRONO

PORTANTO NÃO AGUCES

JÁ QUE ÉS O PRÓPRIO DONO

 

SE O BELO VÊS

NA TUA NOBRE IDENTIDADE

AO INTRÍNSECO CRÊS

QUANTO NA LIVRE IGUALDADE

AMOR


AMOR

QUANDO VAI VER

CHEGOU SEM AVISO

VEM DE IMPROVISO

ENTRA SEM BATER

 

CHEGA PLENO                                         

SE VAI!.., NÃO AVISA

NEM ECONOMIZA

O SEU VENENO

 

É MOTOR NOVO

SE VAI!.., É DESATINO

O MOTOR BATE PINO

É A VIAGEM DO CORVO

 

MAS, SE PULSAR O CORAÇÃO!

É O PARAÍZO

PERDE-SE O JUÍZO

É MUITA EMOÇÃO

 

É O CARRO DE MULHER

É FELICIDADE ATINGIDA

É A BELEZA DA VIDA

É TUDO QUE SE QUER

 

É OXIGÊNIO PURO

É A POESIA ESCRITA

É A CANÇÃO DITA

É O ARRIMO DO MURO

 

O AMOR É BEM-VINDO

É A VIDA QUE SE INSPIRA

É O AR QUE SE RESPIRA

O AMOR É LINDO!