terça-feira, 31 de outubro de 2017

LENÇO




LENÇO

Desde muito moço

Carrego lenço no pescoço

Amparo que preciso

Sem algum formalismo

Abriga no frio do sul

Protege em calor do sol

No galpão ou relento

Pontas jogadas ao vento

Em aventuras quero honrá-lo

Tanto a pé como a cavalo

Por ser mais que ornamento,

Quase um testamento

Pelo que representa

Na campanha é costume

Preceito que vem a lume

Por tamanha vocação

Tradicional expressão

Joia presa ao pescoço

Tua energia faz poema

Teu nó, um emblema

Na precisão, faz e desfaz

Seja guerra ou na paz

Essência da indumentária

Frequência obrigatória

Junto ao gaúcho tenaz

Na cabeça foi natural

Hoje não mais

Tanto faz

Pode cair à frente ou pra trás

Se no embate que sustenta

É adereço que acalenta        

Na história que arregimenta

Valores da demanda cultural!

 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

PENA




PENA

Ao cruzar céu e nuvem

No bater de asas

Tão ágil ser

Vem propiciar  

Panorama de grande força

Por defrontar diverso vento

Em lance ao mudar direção

Luta intensa e sem tréguas

Contudo, triunfante

Saudei a andorinha!

Por bravura tanta

Nesse desafio contundente

No entanto, para trás ficou

Algumas plumas e penas

Para quais restou o corrupiar

Carregadas ao sabor do vento

Vêm caindo, caindo, do alto

De repente, uma pena

Por que não!?

Vem, pousa em minha mão

Senti um matiz esfuziante

Coincidência ou não

Desde então

Paradigmas subdelegam:

O viço é mais vibrante

As liberdades, mais atuantes

Pensamentos em persuasão

E tanta é a paz no coração

Será!, a um convite condiz?

A ser ainda mais e mais feliz!?

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

TACADA


Eu, meu amigo Daltro Coelho, parceiro em jornadas de jogo de sinuca (snooker), apreciadores que somos do referido jogo, quando muitas vezes encontramos para um e outro treino, a cada oportunidade vamos aprimorando a performance de praticantes desse esporte. Por acréscimo, tem-se a oportunidade também desenvolver o amistoso convívio e a amizade fraterna. No texto a seguir, nesse conjunto de palavras tentamos esboçar certo sentimento poético fazendo um meneio em analogia com as nuanças do cotidiano vividos pela eterna conjugação, pessoal, de esforços no caminho de conquistas intrínsecas e toda sorte de emoções nos mais variados aspectos e seguimentos da vida

TACADA

No bate-bola da vida

Numa alusão ao nexo

É atinar ao jogo da vida

Num traçar de jogadas

Por regras demarcadas

Que seja assim o objeto

Do êxito ao concurso

Quais sejam preservadas

No Entrecruzar das direções

Ou auspiciosas ou adversas

Pelas vicissitudes advindas

Do aprumado tapete

Em similitudes na existência

Assim o curso da questão 

Quanto maior a excelência

De cada qual

Mais reflexos a confluir

Aos marcadores da existência

Que se vão somando, com certeza

Confraternizações, irmandades

É estrada que abre

Por caminhos da amizade

Quiçá de felicidade

Aos ganhadores, consagração

Porque campeões todos são

Basta ter um coração!