terça-feira, 28 de março de 2017

MANGUEIRA


Estimado filho, Antonio Licurgo, que esse dia seja radiante para o aniversariante, mais um marco a canalizar novos ares a vibrar em uma constante e por inteiro experienciar em Áries ou carneiro, nessa hora, aqui e agora, faz-se necessário camperear para repontar montaria a enveredar por caminhos a trilhar num treino engatilhar e de pronto o disparo do faro de quem palpita e milita pela escrita como um redomão de lápis na mão, tentar dizer o que o peito regurgita, num relance buscar alcance para dizer algo que dê um caldo vigoroso e teimoso, firme como um filme, instigante nesse instante, um ajuntado de falquejados a consolidar pensamento que impulsiona e de repente estacionar  numa mangueira de lida campeira, talvez uma intuição, pode ser inspiração, um verso disperso, uma canção, pode sugerir um porvir de boa sorte mas nessa vida institucional sem relegar o emocional, deixar ver e ser forte, numa alma focada e tocada numa toada de modo a crescer e fortalecer para uma circunstância em qualquer instância na estância da vida, calçar o pé na estaca sem afrouxar a guaiaca como palanque de mangueira mais firme, fincado, forte e arraigado como se ali, da terra,  tivesse brotado. 

MANGUEIRA

No asseio construída

É pura madeira de lei

Nas cercanias granjeada

E a dedo escolhida

Em gerações recolhida

Vigoroso palanque

Arame, de encomenda

Lá na Capital é a venda

Oigale!, uma fortaleza

Pouco mais.., invernada

Tanto vigor e grandeza

É marca da querência

Esteio de lide campeira

E pra seguro da lida

Toda força e resistência

Touro alçado a jogar-se

Não repete a façanha.

Como rígida a mangueira

Amparo de vida campeira

Assim a galopar afetividade

De flama incondicionada

Na ação de vida desafetada

Vigor emocional

Na linha traçada

Demarcando padrão

Em constância ascensional

Por maior o amolo

Na estesia consolo

Que a vibração confere

Fazendo distinção

Da consciência a emoção

Palanque na terra cravado

E nada a mexer com ele

Como se ali, tivesse brotado!