À época, a simplicidade da vida interiorana, a inocência desinteressada, por peculiar da idade menor, não tínhamos, ainda, o discernimento, por lógico, compreensível a indiferença na velocidade com que emergia o mundo na carreira às novidades da ciência tecnológica dos modernos dias futuros, de alguma forma na singeleza do bom viver, todavia, transparecia a alegria plena ao mesmo tempo em que inadvertidamente era fortalecida a amizade mútua que o tempo só se encarregaria de solidificar, inobstante, as ausências e as distâncias que adviriam, esses vínculos e laços sobreviveriam, com louvor, ao passar dos tempos. Rememorando estas coisas, escrevo rimas em saudação ao amigo de sempre.
AMIGOCria de Vila Florida
Plagas de Santiago
Abeira-se nestes pagos
Ao desabrochar da vida
Briosos os sonhos teus
Na bagagem o teu afã
Conquistar logo Tupã
Terra da Mãe de Deus
Franco não diz fraco
Como a tina diz,.. talha
Pois do comércio da palha
Empreende o ramo cavaco
Sublimes conatos talentos
Ganha novo horizonte
Vai prá Boca do Monte
Na esteira de outros ventos
Noutras lides vai atuar
Nessa sua trajetória
É preciso ter memória
Na ciência do calcular
Com abnegação resoluta
Obstina a causa nobre
Ao interesse do pobre
Engaja-se nessa luta
Teve muito o que queria
Laborando próprio avigorar
Amor, prestígio, um lar
Hoje recolhe alegria
Cândido, alvo ou branco
Qual caulim reveste carisma
Como o afilhado de crisma
Que chamo doutor franco
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