quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

DESTINO


DESTINO

 

FINAL DE ANO..

EVENTO, ROTINEIRO

HOJE, O DERRADEIRO;

PARTÍCIPES, APORTAM

TANTOS VIERAM

SAUDAÇÕES ROLARAM

A OCASIÃO FORTUITA

AO LADO!.., UM SORRISO

AROMA, PENETRANTE

GLAMOUR, INEBRIANTE

SÓ UM SORRISO LINDO?

QUE NADA!, UM DESTINO!

A MÚTUA SINTONIA

NO QUE VIA E SENTIA   

REALMENTE UM FADO

ALI!, LADO A LADO

CADA METADE DA MAÇÃ

NA MAGIA DE UM IMÃ

A RETER OS PULSOS

COM RECEIO NO IMPULSO

ABRACÁ-LA JUNTO A SI

O COMPASSO É REFLEXÃO

MAS A MENTE INTRANSIGENTE

INTENSAMENTE PERSISTENTE

ACARICIAVA A TUA MÃO

MAIS QUE DE REPENTE!, UM PRESENTE!

AO VÊ-LA FRENTE A FRENTE!

NESTA VIDA NADA SE VIU IGUAL

O ENCONTRO, SIM, ESTE, VITAL!

SERIA PORVENTURA VOCÊ.., O MEU NATAL?!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

RETIRO


RETIRO

QUANDO SE DÁ CONTA

SENTE A VIDA VAZIA

METAS TRAÇADAS, DESVIA      

A REFLEXÃO, DISPERSA

O ANDAR, PARALISA

AO CRIAR, REPRISA

COMO ASSIM?

TÁ NA HORA?!, JÁ É O FIM!?

O LÁPIS, NADA ESCREVE..

A ORATÓRIA, CALA

NA PAZ, DESARMONIZA

MAS O QUE É ISSO? ISSO É BREVE?

É COISA RUIM?!,  É COISA BOA?!

O CANTAR, NADA ENTOA

OUVE, NADA ESCUTA

DRIBLA, NADA CHUTA

BRINDA, SEM TIM-TIM

AH!, ISSO AÍ SIM, É RUIM!..

UFA!, O ESPERTAR, ATÉ.., ENFIM..

O GRITO INTERIOR ECOA

PRENÚNCIO DE COISA BOA!

O PALADAR VAI TER

DO SABOR O GOSTO

E A LUCIDEZ DESTA VEZ                       

NO ESPELHO VÊ UM ROSTO!

OLHA AÍ!, JÁ MUDOU O TOM..

AH!, ISSO É MUITO BOM!

NO PEITO UM CORAÇÃO

EM VITAL PULSAÇÃO

EPA! SEM DÚVIDA!

AQUI TEM VIDA!

APENAS ILUSÓRIA EMOÇÃO      

DE MOMENTÃNEO ARREFECER

É A LEITURA PARA LER:

POUCA LUZ NA ESCURIDÃO

PARA! PENSA! LARGA TUDO E VEM!

UMA PAUSA FARÁ BEM

É O CONSELHO DE ALGUÉM:

É TEMPO A REFLETIR VAIDADES

NO RETIRO.., AS OPORTUNIDADES     

DE PRONTO, A BUSCAR AVALIAR

O VIÉS EVOLUTIVO DA VIDA

E ASSIM PARAR E PENSAR:            

QUE DOAR SABEDORIA                       

FORTALECE A EMPATIA

É A ALMA A CONSAGRAR

UMA A MAIS, LUZ, A BRILHAR!                            

 

domingo, 29 de novembro de 2015

PESCARIA


PESCARIA

                                                                                                                                           

DO NADA, DEU-SE O EVENTO

ERAM DOZE COMPANHEIROS    

RUMO AO RIO PESQUEIRO

A MEIA TARDE CHEGAMOS

ACAMPAMENTO MONTAMOS

ORGANIZADA A PESCARIA

EM MEIO A ALEGRIA

ANZOL E LINHA

MUITA ISCA NA LATINHA

PESCA BOA FOI PROFECIA

 

FOGO GRANDE, FEITO

O SOL JÁ ENTRANDO

ANZÓIS VOANDO

DE MÃO EM MÃO, A PINGA    

NO ESPETO, COSTELA MINGA

OREANDO, CORDEIRO MAMÃO

SÓ ESPERANDO A OCASIÃO      

DE IR À BRASA FORMANDO

PARA AO LONGE IR ASSANDO

ESPETO FINCADO NO CHÃO

 

LINHAS JÁ NA ESPERA

NÃO FALTAVA O QUE BEBER

O BATE-PAPO A ESTENDER

ATÉ QUE ALGUÉM GRITA

BÓIA PRONTA, TRAZ MARMITA!

FOI AQUELE SALSEIRO

MUTO PRATO CHEIO

ANDRE MUITO ESGANADO        

O FEZ TRANSBORDADO             

E SE AFASTOU PELO MEIO

 

SEM SUSTENTAR “UM QUATRO”  

E SEM MUITO APURO                 

SAIU MAIS PRO ESCURO

NUM MONTE DE TERRA DURA      

PRA SENTAR MAIS À ALTURA

SEMPRE PENSAVA VANTAGEM

TALVEZ EVITAR SACANAGEM

POUCO MAIS AFASTADO               

ANDRÉ ALI BEM SENTADO            

PRA ELE, ERA ISSO CORAGEM

 
 
O CUERA SEM DAR CONTA

SENTARA NUM FORMIGUEIRO

E COMO FICOU LIGEIRO

FOI AQUELA ALARIDA

LINHAS NO RIO ESTENDIDAS

JÁ SE FOI ENROSCANDO

DEBATENDO E ESMURRANDO

O PRATO NAS ÁGUAS ROLOU

A COMIDA NO RIO ESPALHOU

ANZÓIS FORAM FISGANDO

 

ANDRE SAIU CAMPO FORA

LINHAS, ANZOIS ARRASTANDO

TODO ENROSCADO FOI PESCANDO

DEBATENDO-SE COXILHA ACIMA

PARECIA LUTA DE ESGRIMA

PEIXES SALTITAVAM NA GRAMA

SINTILAVAM AS ESCAMAS

QUANTO MAIS SE AFASTAVA

MAIS PEIXES FISGAVA

SEM QUERER FEZ A FAMA

 

LARGADOS NO ACAMPAMENTO

VINTE E OITO DOURADOS

ERA ANZOL FISGADO

PRA TODO LADO

E AS FORMIGAS PICANDO

ERA DAQUELA MIÚDA

SÓ MESMO COM AJUDA

PRA BEM DE RESOLVER

A IDÉIA FOI BENZER

BENDITO GALHO DE ARRUDA   

 

RENDEU ESSA PESCARIA

TANTO NA QUANTIDADE         

QUANTO EM QUALIDADE      

MAS EM NOME DA AMIZADE

CÁ NA CIDADE

PARA EVITAR INTRIGA

A HISTORIA FOI ESQUECIDA

MAS GANHOU APELIDO

ANDRÉ FICOU CONHECIDO:

O PESCADOR DE FORMIGA

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 7 de novembro de 2015

A FLECHA



  
                                    
                               
                             Desenho: Luiz A. Colomby

Fala-nos a metáfora, na eloquência de linguagem; algumas coisas depois de atiradas, são ouvidos de mercador, não voltam, ainda que se peça. Duas delas são: a “flecha lançada” e a “palavra falada”. Porém, uma disparidade entre a flecha e a alocução. A flecha quando atirada, pode ou não consumar sua proposta, seja qual for o alvo. Entretanto, na força que conduz, a palavra quando lançada pode conter substância doce ou amarga, contudo, sempre acerta o alvo: o peito de alguém. Quando o atirador lança a secreção; ou acre ou drope, não errará! Acertará, com certeza o objetivo, ou seja, alguém a ser atingido. Interessante, nessa hora, é usar a transparência como insígnia e não se preocupar com o enredo. A trajetória da flecha é objetiva e se ela veio na tua direção, contemple a linha que sagra..

A FLECHA

Se a flecha te fez alvo

Descerra cortina da paz

Convida-a para entrar

Não a deixe ricochetear

Ou desviará do lugar

E ao perder-se na escuridão

Reencontrá-la, jamais

Flecha não voa sozinha

Esta contém endereço

Só chegou a você

Pra conhecer teu coração

Impulsionada pela emoção

Se pensar em devolvê-la..

Óh! ..

Que dó!

Por favor, tá..!, Sem dor!

Sem perder a mira

Convenções, não firas

E não a devolva envenenada

E sim, com o perfume das mãos

A suavidade do teu coração

Ao invés de tortura

Que se entranhe na ternura

A flecha que se atira não volta..

Mas se ricochetear no carinho

Ainda que só por um pouquinho..

Ela voltará em teu regaço

Sequiosa do meu abraço!

 

 

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

RETORNO


Astuto era este pássaro. Vi crescendo. Muito jovem já queria conhecer a vida, aventurava ensaios dos primeiros voos. Até um dia sem conter a tentação em ir mais longe, quis conquistar alturas, a independência, a liberdade; rendeu-se ao desafio em conhecer um mundo diferente. Empolgado pela curiosidade apesar da inexperiência, contudo, preenchido de alegria, atraído pela novidade, decidiu apostar. Alçou voo mais longe, tão longe que perdeu o rastro do retorno. Sem esta opção do imediato retorno, batendo asas rumou ao infinito. Passou muitos lugares, lindos lugares, mas que não lhe falavam ao coração. O tempo permanecido em cada lugar, ensejou colher as mais esplêndidas e ricas experiências, para quem sabe aproveitá-las num futuro próximo. Pouco tempo passado, o sentimento de saudade solapava seu coração vazio que o deixava em desatino. Perdera algumas penas e penachos diante do inusitado da vida que só em pensar fazia tiritar receoso, ofuscando-lhe a visão que encobria a definição do rastro a percorrer no retorno. Para retornar era preciso encarar distância, enfrentar as agruras do caminho de volta ou ficar em alhures. Lembranças do pensamento faziam o longe, perto e assim, certo dia resoluto e tomado de coragem, pulando de galho em galho conseguiu voltar ao lar. Logo, a ternura tomou lugar no seu agitado coração, agora, ancorado na base da fé e orgulho do torrão onde pertencera; o canto malsonante, harmonizou, com o..

 

RETORNO

 

NO DIA A DIA

A DISSIMULANTE ROTINA

MASCARA USOS E COSTUMES

DISTRAÍDOS EIS QUE SÃO

COM ORIGEM LIGAÇÃO

POIS, NA DISTÂNCIA

VEM TRAMAR NOSTALGIA  

 

IR É FÁCIL

PRA SEMPRE.., DIFÍCIL

A VONTADE SE IRROMPE

NO QUERER VOLTAR SEMPRE    

AO LAR DO CORAÇÃO

DE SINCERA EMOÇÃO

SEM MOSTRAR-SE VOLÁTIL

 

VOLTAR.., VONTADE DE QUEM

O SUSPIRO DOBRA – ARRASADOR!

NAS FORTES LEMBRANÇAS

TÃO IMENSURÁVEIS  

NOS ENSINAMENTOS

QUE É VIDA E NAÕ MOMENTOS

QUE SÓ O RETORNO, FAZ BEM!

 

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

MUDANÇA




             A partir de empenho, no mundo do conhecimento, sempre existe a possibilidade de espaço a ser ocupado ou preenchido, contudo, faz-se mister consumar conquistas a um patamar de novas compreensões conscienciais para ascender com solidez e autonomia nas emoções evolutivas preservando a espontaneidade da vida para a consagração de alma elevada, em perspectiva de boa.. 


MUDANÇA



EM TRAÇADO DE NUANÇAS

POR TRANSIÇÃO CONSUMADA

UM COMPOSTO DE MUDANÇA

NA CONDUTA SUBLIMADA

O UNIVERSO REFERENDA

A DEMANDA CONSCIENCIAL

SE O HOJE TRANSMUTA

PARA O AMANHÃ FACTUAL

DESCABE ESMAECER SINAL

DA VIDA A GRACIOSIDADE

ACOLHA FULCRO ORIGINAL

E IDEALIZE LIBERDADES

domingo, 6 de setembro de 2015

INSPIRAÇÃO


Famoso escultor, em seus relevos assinou tantas e tantas   ímpares e grandes obras, respaldado no seu dom criativo inesgotável e admirável.  Inventivo, operoso e laborioso confinava-se em seu ateliê a trabalhar dias e dias, horas e horas,  impensadamente, sem parar, pela arte, ausentava-se da vida, dos seus afetos, até da razão maior de sua inspiração. Pois, num dado momento, não mais que de repente ela partiu sem aviso prévio. Ficou ele só, soturno e perdido em sua inspiração criativa. Sensibilizado em função de todo aquele talento agora inerte, desperdiçado, só lhe restava clamar para que a inspiração, agora, razão de sua vida, fosse preservada. 

 

INSPIRAÇÃO

A vida que respirava

o mar em movimento

como sol, brilhava

sem jamais deixar

sequer um momento

de fixar

na terra o calor

de um coração

que pulsava no amor

a própria canção

e a voz do cantador

a luz do sol

a força da oração

a calmaria do mar

o vento a curvar

à figura de escol

e o que restou?

foi o que deixou:

inverno à terra esfriar

parece tudo carregar

como avalancha em ação

até o ar a sufocar

pois se assim é

leve tudo que quiser

seja lá o que for

o teu cheiro de mulher

mas por favor,

deixe a inspiração!

sábado, 4 de julho de 2015

REMENDOS DO PALA


REMENDOS DO PALA

INDAGADO PORQUE NÃO ME DESFAÇO DESSE PALA TODO REMENDADO, DIGO: - NÃO!, ESSE PALA, PRA MIM, TEM VALOR. ENTRE TANTAS AVENTURAS PROTAGONIZADAS, ESSE PALA VELHO, NEM AINDA PENSAVA COLECIONAR REMENDOS, JÁ SUPORTAVA CHUVA, FRIO, SERVIA DE COBERTOR, AQUECIA AS ANCAS DO MEU CAVALO. ESSE PALA PASSOU PERIPÉCIAS. CERTA OCASIÃO, TRANQUILO TROPEAVA QUANDO TRAZIA O GADO PELA ESTRADA NÃO SE SABE DE ONDE SURGIU TOURO QUE SEM CONVITE AGREGOU-SE À TROPA QUE CONDUZIA E ENTREVERADO CRUZOU A PORTEIRA DA ESTÂNCIA; NÃO TEVE PROPOSTA A QUERER VOLTAR PARA A ESTRADA. NESSE DIA, FIZ O QUE PUDE, CANSARAM-SE OS CAVALOS, A NOITE CHEGOU. NO DIA SEGUINTE ERA FRIO BARBARIDADE.  SAÍ  A ENCONTRÁ-LO MORRO A CIMA. ORA VEJA, NÃO É QUE FURIOSO DEMAIS POR DETRÁS DE UM ARBUSTO ESSE TOURO BUFANDO LANÇOU-SE CONTRA MEU CAVALO ENCILHADO, EM DESVANTAGEM PELO ACENTUADO DECLIVE, JÁ NO CHÃO, SAQUEI O PALA REBOLEEI-O COMO SE UMA ARMADA DE LAÇO FOSSE E O  ATIREI PRA CIMA QUAL SUBIU ASSOVIANDO, PARECIA UM DISCO VOADOR.   O TOURO  QUANDO VIU AQUILO PAROU, LEVANTOU A CABEÇA  PARA O ALTO ESPEROU O PALA DESCER E TRATOU DE  ATROPELÁ-LO, TALVEZ ACHANDO, DE REPENTE, FOSSE EU. VAI SABER! NO RODOPIO DA DESCIDA, ENLOUQUECIDO O TOURO  DEU UMA ATROPELADA NO PALA QUE ENCAIXOU NA CABEÇA DESSE TOURO; COM O PALA VESTIDO NO PESCOÇO BERRAVA DE FURIOSO, ENROSCANDO E DESENROSCANDO AS PATAS FOI COLECIONANDO PEALOS E TOMBOS, PERCORREU GRANDE EXTENÇÃO DE CAMPO, DAQUELE JEITO CAINDO E LEVANTANDO, ASSIM DESAPARECEU CAMPO A FORA. PENSEI: - ESSE NÃO INCOMODA MAIS, PERDI MEU PALA MAS, FOI EMBORA O TOURO E PELO MENOS LIVREI-ME DOS ATROPELOS. PASSADOS UNS TRÊS OU QUATRO DIAS, AO SAIR CEDO DA CAMA COMO DE COSTUME,  PREPARAVA O CHIMARRÃO, ERA SILENCIOSA A MADRUGADA, OUVI UM BARULHO ESTRANHO, AINDA ESCURO, SAÍ PRA FORA DO RANCHO A DAR UMA ESPIADA, VI UM VULTO, NÃO É QUE VEJO MEU PALA PENDURADO NA CERCA DE ARAME E JÁ AVISTEI O TOURO; LEVEI A MÃO NO “TREZOITÃO” MAS AQUELE TOURO VEIO SE APROXIMANDO A “LOS PASSITOS”, CALMO, SERENO, CABISBAIXO, MANSINHO, NÃO É QUE NO ENLEIO DAS PATAS NA INFINIDADE DE TOMBOS E PEALOS A QUE SE SUBMETERA, POIS TE GARANTO!: - ESSE TOURO FOI AMANSADO PELO MEU PALA. FOI ASSIM QUE PRECISEI FAZER UNS REMENDOS NESSE MEU PALA QUE ATÉ HOJE ME ACOMPANHA, TCHÊ!.

domingo, 21 de junho de 2015

PEDRAS


PEDRAS

Diz a experiência vivida

pedras a rolar se cruzam

que o diga a jovem

pela floresta atraída

pensava: “fácil é voltar”

ao sumir em trilhas

vários e vários dias

talvez meses a peregrinar

desvario sem destino

Só após muito andar

foi-se a um riacho achegar

exaurida em delírios

imaginava refeição

em devaneios

dialogava em meio

a rochas, pedras, musgos

plantas arbustos

ervas e brotos

franzinos e robustos

caídos pela erosão

pratos de desejos a nutrir

pela fome absorvida

ervas, musgos em pedras

pela intuição consumida        

dariam com certeza

se na devida atenção

caldo de boa ingestão

oh! extratos da natureza;

anestesiada em fértil rochedo

todavia acordou no cuidado

de imaginário fecundado

pela natureza a lição

na vida nossos iguais

e por que não..

o cultivo de ervas, vegetais

e nas matas a preservação..?  

 

sábado, 13 de junho de 2015

PRA VOCÊ


Neste dia dos namorados, o pensamento voa na direção desta ficcional história e vem homenagear o ser especial, que em circunstâncias um tanto quanto peculiares fora acometida de sentimento qual na oportunidade não pode viver na sua plenitude. Contudo, persistiu por anos afio, a enfrentar adversidades, incompreensões, ansiedades, contudo sobreviveu a todas as inclemências e intempéries vividas, superadas uma a uma como quem enfrenta uma maratona, vencendo todas as inconveniências até chegar à conquista protagonizante de um derradeiro desfecho satisfatório, de gloria e louvor a emergir ao final mais fortalecida por sua tenacidade inspirada na propulsão dessa cápsula do amor, a navegar deslizante nesse diletante voo.         

 

AMOR É AMAR

 

Anos afio sobreviveu

Na solidez consagrou

Tempo que quase parou              

A tão intenso (teu) amor    

Nutriu-se do silêncio     

E do que só a ele reporta

Ao superar adversidades             

Como bater à porta

Da cabana perdida

Por persistente perspectiva       

Que (ela) rangesse

A contraparte sobreviesse

Remota, contudo, esperançoso

Continuou o amor a bater e bater

Para o eco um dia saber               

Amor não é para entender

Apenas compreender      

E dar vazão

Ao que dita o coração

Como se aqui na frente

Espectral energia presente

No ancorar, meio a atenuar

Os descompassos da vida

Na dimensão surpreendente             

Sem nada inquirir

Apenas o tempo definir

Oh! Cristal de intrínseco brilho     

Mesmo encoberto em pó    

Ostenta a original integridade   

Como verdade instituída

Quiçá, se não intensidades

Das incompreensões atribuídas

Às nuanças notáveis do amor

Das similares boas medidas

Qual incrível pareça, provida

Em essência de vigor

Temporal nau à estação chegar

E o amor que a esperava voar

Num salto com ardor

Para nova senda arremeter

A divisar: querer é poder correr

Na ondulação do amor singular 

De mesma vibração lhaneza

E através dele compreender

Que o amor existe e, é lindo!

E faz na expressão simpleza

O discernir que amor é amar!

domingo, 31 de maio de 2015

CELEBRAR


Ao participar da celebração de significativo evento, outro dia desses, oportunizou remembrar o que às vezes relegamos, mas  o quão importante estarmos atentos a essa conjugação regular. Expressão qual devemos ter em mente apesar da necessidade e da velocidade do mundo moderno, temos de parar  e refletir que  “viver” é gloria de grande festim e às vezes ao corre-corre da vida, mesmo que por um relance possa-se pensar que não. 

CELEBRAR

Marcar momentos 

é emoção espetacular        

em simples inerência

no viver da própria vida

ao ser, por si só, celebração.

O alvorecer a cada dia

no manifestar da vida

propriamente, singular show,

e como tal, as confrarias,

o elaborar de atividades.

O franco sorriso, afora essencial

reforço “o aberto” em significado,

mas, todavia evidenciar

o que advém do coração;

o autêntico!

A ingestão da água ou qualquer,  

seja desjejum ou a seguir,

esteja-se ou não, a sós,

típicas lúcidas celebrações.

Celebrar a vida não é

sentido do alienar  

mas o sóbrio estado atingido

do inspirar discernimento   

à vertical consciência

das magníficas razões

às celebrações da vida

 

domingo, 24 de maio de 2015

SABEDORIA


Nesses dias de chuva enquanto sorvemos saboroso chimarrão, vamos lembrando e repassando causos que os amigos contam pra gente, como este..

SABEDORIA

 SONHO DE UM SONHADOR

QUE TINHA SONHOS MIRABOLANTES

ANSIAVA SONHOS EXTRAVAGANTES

POIS SONHAVA SER UMA “FACA DE VALOR”

CONTUDO QUE FOSSE ECLÉTICA

GRANDE, CORTADEIRA, PONTIAGUDA

QUERIA GANHAR O MUNDO

LONGE DE AMBIENTES HERMÉTICOS

ANDAR NOS CAMPOS, SAFÁRIS, MATAS

E ASSIM O SONHO ACONTECEU

DISPONIBILIZOU MANUSEIO SEU  

PARA AVENTUREIRO DA CAÇA

COMO BOA FACA CORTOU NATUREZA

CORTOU ALGUMAS VIDAS

SONHO DE FACA DESTEMIDA

MAS COM O TEMPO PERDEU A BELEZA

A LÂMINA MUITO LASCADA

NO DESGASTE DO AMOLAR DIMINUIDA

JÁ NÃO TINHA A CABEÇA ERGUIDA

E NUMA ESCURA GAVETA FOI JOGADA

JUNTO A FACAS OUTRAS TANTAS 

QUE JAMAIS SAÍRAM DO DERREDOR       

DE TODAS, CONSIDERAVA-SE A MELHOR

AO ALI CHEGAR QUERIA SER ACLAMADA

QUE NADA! SEM ESSA ASTÚCIA                      

SENTIU-SE SEM CHÃO E SEM TETO               

O EGO QUIS SONHAR MAIS ALTO

FOI SER ARMA DE FOGO GARRUCHA

ORGULHO ESSE MAIS ESTRANHO          

SÓ PRA IMPOR RESPEITO NA SALA          

SE CONTENDAS?, RESOLVERIA NA BALA      

ASSIM SONHOU MAIS ESTE SONHO

PARA ELE (SONHADOR) APENAS UM JOGO

PROCUROU ESTRANHOS AMBIENTES

MANIPULADO POR MÃO EXPERIENTE

AGORA VALENTE ARMA DE FOGO

E ASSIM AUTOAFIRMANDO

PENSOU CONQUISTAR RESPEITO

“-EU QUE MANDO BATIA NO PEITO”

DE TODAS AS ARMAS TINHA O COMANDO

EXPERIÊNCIA DE TER SIDO FACA A SOMAR

PENSANDO VENCER ESSA LUTA

REINOU, - A GARRUCHA -, ABOLUTA

NÃO VIU O TEMPO PASSAR

O TEMPO IMPLACÁVEL PASSOU

QUANDO TARDE ACORDOU

VIU QUE NÃO SE RECICLOU

LITERALMENTE SE LASCOU

NEGLIGENTE AOS ARDIS QUAL USARIA

VIU-SE NO FUTURO OBSOLETA, ABANDONADA

AO ADMITIR: -“O SONHO AO DORMIR, RUIU”

E ACORDOU NA MÃO DO COLECIONADOR

QUE AO ACERVO A ACOLHEU COM AMOR

ARREPENDIDA E PENSATIVA CONCLUIU:

“ATÉ PRA SONHAR É PRECISO SABEDORIA!”

 

sábado, 25 de abril de 2015

LANÇAMENTOS


LANÇAMENTOS

No Rincão onde cruzei, há tempos passados, trabalhava-se muito. Apesar do trabalho também sempre havia tempo a tantas histórias escutar. Num dia de pescaria à beira do rio, um caboclo morador da redondeza, contador de histórias, surgiu pedindo licença pra pescar, entre uma fisgada e outra, entre um causo e outro, começou a comentar um contrafeito acontecimento. Desculpando-se assim foi falando: -“Se me permite, uma coisa te conto, esta vida não é mole; de regular tamanho era essa conhecida prole, -assim foi dizendo. Como era de costume um ou outro membro familiar sempre tinha algum causo a repassar aos mais jovens ou a quem quisesse escutar e, com certeza, haveria de chegar o dia que algum ou alguns destes, por sua vez iria repassar memórias para outros, sobretudo aos da geração subseqüente. - O amigo, ali sentado, acendeu um cigarro de palha, deu uma baforada forte na fumaça do palheiro, uma cuspida grande e continuou a contar a história que seguia desse jeito: - Há não muitos anos passados um afoito proprietário de área rural, cujo nome era Juvenal, trabalhava de sol a sol e como não seria difícil de prever, o referido empreendimento desenvolveu muito economicamente. Com a prosperidade as inerentes dificuldades de executar e compreender a complexidade burocrática, a natural sistemática econômico-financeira de gestão e o devido acompanhamento, como por exemplo, a freqüente e obrigatória visita junto à rede bancária, repartições, fornecedores e outras tantas e necessárias eventualidades mais. Para não estorvar o trabalho e evitar atrapalho - assim pensou Juvenal; decidido proprietário rural. – Não posso ficar perdido  nem confundido neste calor ao sabor de tantos números e inúmeros documentos, valores, elementos que mais tarde poderão trazer dissabores e prevenindo para não ter de contra-atacar vou indo a tentar contratar a escrita para o meu negócio continuar crescendo. Direto do campo, mais precisamente da lavoura foi o mesmo então ao encontro de um profissional qual se chamava “guarda-livros”. Lá chegando deu boa caprichada na fala, dizendo: - antes que esses papéis virem ninho de rato, faço-lhe este relato: -Meu compadre!, são tantos os créditos que nem acredito nem posso deixar prescrito, não sou de enxugar gelo, tenho zelo e desconheço os modelos mas de modo a não bulir, evitando quebrar os pratos com o povo de fino trato, trago todos os extratos; sei, fácil não está, isso eu sei, mas poderá facilitar se acreditar e remanejar, mesmo reeditar os tais réditos e por ventura em paralelo quando revelar débito, não vamos enrolar não, com cautela vamos rolar em suaves e paralelas parcelas – pagamento à prestação como se diz lá no rincão. Também não querendo ser bicudo, mas se puxar no bico do lápis com certeza esse haver às avessas haverá de chegar ao final, afinal tudo um dia tem de ter fim, já dizia o compadre Serafim, este, plantador de amendoim. Assim como é do meu costume, na minha escrita também quero ‘estar por cima’, ademais sei que não é minha sina andar ‘por baixo’ não será agora que vou perder o juízo e deixar por prejuízo ajuizarem qualquer contenda de causa, espero que entenda, claro, quero evitar aviltar de modos a não redundar numa pendenga de causa grande.  Não foi sem causa que, pulei na frente, lá em casa até já bati com a língua nos dentes ao dizer que confio plenamente em gente como a gente e com certeza, hábil no setor contábil, mesmo porque assim preciso parar com os ranços. Quero descanso, no meu rancho poder cuidar dos meus gansos e na roça andar de carroça e na grota plantar mandioca, também outras sementes e de repente acalmar e igualmente plantar boas sementes na minha mente. Nunca fui de dormir fora de hora, porém, na hora que eu for dormir - lá fora -, dentro de casa, quero estar no ponto, pronto e descansado chega de contenda e fuxicos de esquina contados na venda da Joaquina; terceirizo essa demanda antes que se extravie o prejuízo, vou preocupar cuidar da prenda e do meu gado na fazenda e, aí sim, vai ficar melhor que encomenda. Será passei no crivo pra candidatar a arranjar um guarda-livros? Assim ganho tempo quero seguir em frente e se daqui pra diante surgir novidade, compadre, seja no assobio, mas sem tardio bote recado no rádio ou solte o verbo, ponha a mão no apito, ou verbal ou por escrito mas prenda o grito, que venho cá na cidade ver minha contabilidade, tenho dito!”. - Esta é uma história que sempre no dia do contabilista ( hoje ) me vem à memória.