segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

RECESSÃO?

No infortúnio da vida
Fatalidade faz apronto
Perco o chão, a guarida
A desventura deixa tonto
O alucinado faz base a vida
No ofício já não marco ponto

O agravo se instalou
As dívidas evoluíram
O mundo desmoronou
Os vizinhos sumiram
A conta bancária zerou
Os amigos partiram

Tendo já o mundo ruído..
Evidencio algo valioso
Não ficarei desenxabido
Devo até ficar orgulhoso
Nem tudo está perdido
Eis que sou ainda vitorioso

Detenho, todavia, um espaço
Dono sou, de um quinhão..,
O fôlego a tirar cansaço
Ainda tenho a razão
Faço alavanca do braço
E no peito, forte bate um coração

Tudo perdido? Ledo engano!
Agora vem recomeço
Como vês, sou humano
Dádiva Divina, qual mereço
Discernimento, disso, me ufano
Afinal, um cérebro não tem preço