LAGOA
Às vezes venho mariscar
Lustral águas tuas à meus pés
Quantos já fez saciar
No vai e vem de tua maré
O peixe mandas buscar
Nas tuas águas de axé
Fico à tua margem
Lendo teu pensamento
Escutando tua mensagem
Que só contas ao firmamento
Mas na tua homenagem
Guardarei conhecimento
Olhos rasos de ti mesmo
Salva-te em tuas tábuas
Nas seivas que correm a esmo
Para que faças a enxágua
Por si só, d’algumas mágoas
Que queiram tisnar tuas águas
Tuas águas continentais
Transportando muitas riquezas
Em teus seios naturais
Para com todos tem leveza
Pois os trata como iguais
No âmago de tua grandeza
Tamanha a contemplação
De tuas águas tão prodigiosas
É um “botar água na mão”
Nas curvas tão virtuosas
Quando é chegado o verão
Fazendo-te águas de rosas
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
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Um comentário:
Ao ler cada estrofe dos teus versos nos dá a idéia real da pessoa que és, do tamanho da tua sembilidade. Olhas ao teu redor e descreves com maestria o cotidiano, a beleza das coisas simples da vida,que são as mais importantes,que nos acompanham a todo o momento. Parabéns!! Sou fã de tuas palavras.
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