terça-feira, 31 de outubro de 2017

LENÇO




LENÇO

Desde muito moço

Carrego lenço no pescoço

Amparo que preciso

Sem algum formalismo

Abriga no frio do sul

Protege em calor do sol

No galpão ou relento

Pontas jogadas ao vento

Em aventuras quero honrá-lo

Tanto a pé como a cavalo

Por ser mais que ornamento,

Quase um testamento

Pelo que representa

Na campanha é costume

Preceito que vem a lume

Por tamanha vocação

Tradicional expressão

Joia presa ao pescoço

Tua energia faz poema

Teu nó, um emblema

Na precisão, faz e desfaz

Seja guerra ou na paz

Essência da indumentária

Frequência obrigatória

Junto ao gaúcho tenaz

Na cabeça foi natural

Hoje não mais

Tanto faz

Pode cair à frente ou pra trás

Se no embate que sustenta

É adereço que acalenta        

Na história que arregimenta

Valores da demanda cultural!

 

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