quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ACASO


ACASO

 Dia desses, em casa

O vaivém da rotina fluir

O dia preencheu

Afinal, hora certa não atrasa  

Contudo, intuição percebeu

Dia por vir, quiçá! Outro porvir

 
Ao romper o dia seguinte,

No parque em frente

Ao contrário d’outro dia                               

Este, de especial requinte                        

Parece um sussurro dizia

Teu dia será diferente..

 
Do nada!, aquela voz de veludo

Surgida, assim, sem aviso             

Ali, em pessoa, a feminilidade  

N’algum instante perdi o escudo

--Moço!, Esta é a rua da felicidade?

--Sim, moça, que nos leva ao paraíso...

 
Sim!, Sim! O Éden na terra descia

Ou então eu que subia

Sonho seria ou mera fantasia?

Como nessa hora não dormia

Quase a duvidar do que via

Não brilhasse o sol à luz do dia....

 
Disse: --Moço!, O que aconteceu?

Não foi o que quis falar 

Minha palavra soou distorcida

Apenas busco ente-querido meu

A saber que fez ele da vida,

Morava por este lugar..          

 
Arestas aparadas – ali, a conversar

Ao ensejo de esplêndido ocaso

Quem diria!, Abraços robusteceram

Ouvia-se, de pássaros, suave trinar             

Alguns ceticismos arremeteram;                                  

Seria a felicidade um acaso?

veigacastro

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