Estimado filho, Antonio Licurgo,
que esse dia seja radiante para o aniversariante, mais um marco a canalizar
novos ares a vibrar em uma constante e por inteiro experienciar em Áries ou
carneiro, nessa hora, aqui e agora, faz-se necessário camperear para repontar
montaria a enveredar por caminhos a trilhar num treino engatilhar e de pronto o
disparo do faro de quem palpita e milita pela escrita como um redomão de lápis
na mão, tentar dizer o que o peito regurgita, num relance buscar alcance para
dizer algo que dê um caldo vigoroso e teimoso, firme como um filme, instigante
nesse instante, um ajuntado de falquejados a consolidar pensamento que
impulsiona e de repente estacionar numa
mangueira de lida campeira, talvez uma intuição, pode ser inspiração, um verso
disperso, uma canção, pode sugerir um porvir de boa sorte mas nessa vida
institucional sem relegar o emocional, deixar ver e ser forte, numa alma focada
e tocada numa toada de modo a crescer e fortalecer para uma circunstância em
qualquer instância na estância da vida, calçar o pé na estaca sem afrouxar a
guaiaca como palanque de mangueira mais firme, fincado, forte e arraigado como
se ali, da terra, tivesse brotado.
MANGUEIRA
No asseio construída
É pura madeira de lei
Nas cercanias granjeada
E a dedo escolhida
Em gerações recolhida
Vigoroso palanque
Arame, de encomenda
Lá na Capital é a venda
Oigale!, uma fortaleza
Pouco mais.., invernada
Tanto vigor e grandeza
É marca da querência
Esteio de lide campeira
E pra seguro da lida
Toda força e resistência
Touro alçado a jogar-se
Não repete a façanha.
Como rígida a mangueira
Amparo de vida campeira
Assim a galopar afetividade
De flama incondicionada
Na ação de vida desafetada
Vigor emocional
Na linha traçada
Demarcando padrão
Em constância ascensional
Por maior o amolo
Na estesia consolo
Que a vibração confere
Fazendo distinção
Da consciência a emoção
Palanque na terra cravado
E nada a mexer com ele
Como se ali, tivesse
brotado!