Feliz Níver: estimado filho escrevo,
versos de minha lavra, a dizer uma palavra, nessa hora atrevo,
abram-se trancas, brotem às pencas, frutos que plantas, nas interações
francas, toda seiva
seja
pura,
glorificando louros,a cantar em couro, rouxinóis de semeadura, no campo ou na
cidade, cada
vez mais, com alegria e paz,
votos de felicidade
Oh! mundo que acalenta
Esta vida que volteia
Da semente que semeia
Por entre sol e lua cheia
Em natural fausta epopéia
Desta terra que alimenta
Num verter fonte juventa
Todo ser quer ver ou ser
Como quem não se ilude
Que na postura da atitude
Convola ao niilismo o alude
Na constância do mundo oferecer
De cada momento um renascer
Vai o tear da vida tecendo
Seja a roupa ou a toalha
Seja o cravar da navalha
Na madeira qual entalha
Ao teto que agasalha
Do frio e chuva chovendo
E assim vai vida vivendo
O céu, a terra teu lar
Oh! Pássaro que canta e voa
Sei, não cantas à toa
Pois, teu canto entoa
Do quanto a vida é boa
E disso só a consagrar..
Quem capaz for de amar
Existência de muitas frentes
Neste mundo sem escalas
Vidas que nos são caras
Num abrir e fechar de valas
Entre reveses transcendentes
E vibrante harmonioso assovio
Chova ou faça frio
Plantemos boas sementes!